Eu queria que não fosse assim....
Eu queria estar feliz agora,
Queria conseguir dormir.
Queria não me importar assim,
não ligar tanto para isso,
achar que é "só" um jogo de futebol.
Mas, não é assim, não é simples,
mexe comigo mais do que talvez deveria.
Talvez porque não queria que fosse diferente.
Não queria não me importar,
não sofrer, não chorar.
Não queria que fosse nada diferente.
Indiferente de hoje e ontem, vejo o amanhã.
Galo hoje e sempre!
Enquanto houver aquela camisa no varal,
não há como se importar com vento,
tempestade, chuva ou dia cinza.
Afinal, vemos o que queremos ver,
um dia cinza é um dia em preto e branco,
que nunca foi e não quer ser azul.
GALO SEMPRE!
quinta-feira, 7 de abril de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Luar de Raul!
A vida passou pro Raul. Mas passou de forma diferente.
Nunca soube definir se o que tem é fruto do que desejou, ou do que sobrou.
Migalhas já o fizerem feliz, mas hoje não.
Hoje é dia de faxina, brigar com a consciência, culpas, medos e erros, assim, expostos na carne.
Logo Raul, que sempre rotulou tudo e todos, não consegue olhar pra si só...Irônico!
Lembrava de situações e decisões, que mudaram (ou não) a sua vida como um todo.
Mas, não conseguia rotular nenhuma: decisão ou aceitação?
Nenhum dos 54 anos vividos foram capazes de dar respostas convictas.
"Mentiras sinceras" sempre interessam!
Nunca soube definir se o que tem é fruto do que desejou, ou do que sobrou.
Migalhas já o fizerem feliz, mas hoje não.
Hoje é dia de faxina, brigar com a consciência, culpas, medos e erros, assim, expostos na carne.
Logo Raul, que sempre rotulou tudo e todos, não consegue olhar pra si só...Irônico!
Lembrava de situações e decisões, que mudaram (ou não) a sua vida como um todo.
Mas, não conseguia rotular nenhuma: decisão ou aceitação?
Nenhum dos 54 anos vividos foram capazes de dar respostas convictas.
"Mentiras sinceras" sempre interessam!
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
"Conexões Urbanas é o braço televisivo de um movimento social. O objetivo é criar elos de conhecimento, cultura e afetividade entre os diversos guetos em que a sociedade se dividiu: ricos e pobres, brancos e pretos. Você vai se conectar com os mais recentes pensamentos de sustentabilidade, tecnologia social, cidadania e principalmente paz. Um programa para gerar reflexão e ação."
http://multishow.globo.com/Conexoes-Urbanas/
Assistir vale a pena. Te faz pensar. Agir é com você!
http://multishow.globo.com/Conexoes-Urbanas/
Assistir vale a pena. Te faz pensar. Agir é com você!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Acontece
"Quanto tempo".
É com essa saudação, a mesma de quando vemos alguém que há muito não víamos, que volto por aqui. Não que tenha me esquecido, mas...
Uma amiga me disse que o "twitter é blog de preguiçoso", talvez seja mesmo.
E tenha contribuido para essa ausência.
Enfim, vamos seguir com alguns acontecimentos:
UNIBAN - que pouca vergonha! E não estou me referindo ao vestido da "moça" e sim a forma como a faculdade lidou com o problema. Além de muita hipocrisia, das duas partes, convenhamos, a Uniban deu uma aula de como não lidar com crise. Ensinou todo mundo como não agir em casos que envolvam o nome da instituição e que possam gerar problemas futuros. Fizeram tudo direitinho, do jeito errado. Pior impossível.
CASO BATTISTI - venho acompanhando o desenrolar deste caso. Há tempos buscam uma resolução, que agora caberá única e exclusivamente ao presidente Lula.
Ainda fico abismado com a cobertura imparcial da imprensa. Taxaram o italiano como assassino e jogaram toda a opinião pública em prol de sua deportação para a Itália fascista do "pop star sexual" Silvio Berlusconi.
O meu questionamento maior é o fato de sequer "darem ouvidos" ao outro lado da história, a quem mostra e prova que Cesare Battisti foi condenado por subversão contra o estado, não em crime comum.
Enfim, segue uma referência que explica exatamente esse lado "não noticiado":
www.naufrago-da-utopia.blogspot.com/2009/11/caso-battisti-sera-debatido-3-no.html
MAHMOUD AHMADINEJAD - Você se acha doido? Então não deve conhecer esse sujeito. O presidente do Irã está no Brasil, sob protestos, muitos protestos, que lembram até as visitas que fazia o "Bush Jr" pelo mundo.
Assim como protesto, essa visita está gerando pretexto, principalmente dos partidos de oposição ao governo.
Engraçado fica quando se analisa os valores de exportação do Brasil para o Irã., o que talvez explique um pouco as relações necessárias dos dois países. Onde há muito dinheiro envolvido, os interesses são diferentes.
A questão é: pretexto e não protesto. Dialogar com esse sujeito em nenhum momento quer dizer concordar com sua política ou convicções, muito pelo contrário. Mas as eleições estão chegando, então...
E por falar em pretexto, começou a ser exibido o filme do Lula.
No contexto histórico de vida pessoal e política, apresenta uma história bonita de luta, ideologia e superação.
Porém, não haveria melhor hora pra ser lançado, não é? A Dilma agradece!
É isso. Volto em breve.
Enquanto isso, continuo na preguiça do www.twitter.com/edermilani
Um abraço!
É com essa saudação, a mesma de quando vemos alguém que há muito não víamos, que volto por aqui. Não que tenha me esquecido, mas...
Uma amiga me disse que o "twitter é blog de preguiçoso", talvez seja mesmo.
E tenha contribuido para essa ausência.
Enfim, vamos seguir com alguns acontecimentos:
UNIBAN - que pouca vergonha! E não estou me referindo ao vestido da "moça" e sim a forma como a faculdade lidou com o problema. Além de muita hipocrisia, das duas partes, convenhamos, a Uniban deu uma aula de como não lidar com crise. Ensinou todo mundo como não agir em casos que envolvam o nome da instituição e que possam gerar problemas futuros. Fizeram tudo direitinho, do jeito errado. Pior impossível.
CASO BATTISTI - venho acompanhando o desenrolar deste caso. Há tempos buscam uma resolução, que agora caberá única e exclusivamente ao presidente Lula.
Ainda fico abismado com a cobertura imparcial da imprensa. Taxaram o italiano como assassino e jogaram toda a opinião pública em prol de sua deportação para a Itália fascista do "pop star sexual" Silvio Berlusconi.
O meu questionamento maior é o fato de sequer "darem ouvidos" ao outro lado da história, a quem mostra e prova que Cesare Battisti foi condenado por subversão contra o estado, não em crime comum.
Enfim, segue uma referência que explica exatamente esse lado "não noticiado":
www.naufrago-da-utopia.blogspot.com/2009/11/caso-battisti-sera-debatido-3-no.html
MAHMOUD AHMADINEJAD - Você se acha doido? Então não deve conhecer esse sujeito. O presidente do Irã está no Brasil, sob protestos, muitos protestos, que lembram até as visitas que fazia o "Bush Jr" pelo mundo.
Assim como protesto, essa visita está gerando pretexto, principalmente dos partidos de oposição ao governo.
Engraçado fica quando se analisa os valores de exportação do Brasil para o Irã., o que talvez explique um pouco as relações necessárias dos dois países. Onde há muito dinheiro envolvido, os interesses são diferentes.
A questão é: pretexto e não protesto. Dialogar com esse sujeito em nenhum momento quer dizer concordar com sua política ou convicções, muito pelo contrário. Mas as eleições estão chegando, então...
E por falar em pretexto, começou a ser exibido o filme do Lula.
No contexto histórico de vida pessoal e política, apresenta uma história bonita de luta, ideologia e superação.
Porém, não haveria melhor hora pra ser lançado, não é? A Dilma agradece!
É isso. Volto em breve.
Enquanto isso, continuo na preguiça do www.twitter.com/edermilani
Um abraço!
terça-feira, 22 de setembro de 2009
A primavera da Cecília!
Primavera
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1
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