segunda-feira, 8 de junho de 2009

Espaço aberto.

Há algum tempo venho propondo para alguns amigos o uso deste espaço para postarem suas reflexões acerca de...qualquer coisa.
Neste domingo, tive uma grata surpresa, meu grande amigo Matheus Teixeira me enviou uma dessas boas reflexões para debatermos.

Então, vou postá-la na expectativa que gostem e que tenhamos mais colaborações de quem quer que seja. Amigo, ou não!

Um abraço,

Éder Milani


A queda livre da sociedade brasileira


Curiosamente neste domingo (7/jun/2009), enquanto lia as notícias no portal G1, me despertou uma leve curiosidade de entrar no portal do jornal francês Le Monde para saber o ponto de vista dos amantes da culinária em relação ao acidente ocorrido há uma semana. Acostumado a ver sempre notícias sobre o vôo 447 com um Airbus A330 durante toda a semana, nas primeiras páginas de jornais impressos e virtuais, me surpreendi ao ver que a principal notícia ali postada era sobre política. Não concordo com a manipulação mídiatica da informação que temos no Brasil, que usa grandes tragédias como "pano quente" para nos desviar de outros assuntos tão (ou mais) importantes que esses, mas é interessante que o acidente não envolveu apenas uma companhia aérea francesa (Air France), mas uma de suas maiores potências econômicas, a Airbus Société par Actions Simplifiée, que conhecemos apenas como Airbus. Talvez não estejam abordando o assunto com tamanha enfatização com o mesmo intuito de desviar a atenção de seus expectadores, mas de qualquer forma estão olhando pra frente e cuidando do que está para acontecer.
O Brasil tem sido muito citado em congressos mundiais como um potencial econômico mundial em um futuro próximo, o que o tornaria um país de primeiro mundo, mas não podemos deixar de observar que quem cita são os interessados por essa potência, e os principais não somos nós, e sim os americanos, franceses, italianos, britânicos, suíços, etc., que vão ser grandes beneficiários de nossas riquezas. Devemos estar atentos é que sem educação política e social deixaremos de usufruir ainda mais dessas riquezas e permaneceremos sendo vistos e não respeitados como os índios que têm ouro e bananas.
Pessoas morreram, muitas pessoas, alguma providência deve ser tomada, mas infelizmente já aconteceu. Façamos um minuto de silêncio, quem preza pela oração - ore, mas como eu sempre costumo dizer: Quem anda olhando pra trás, acaba com a cara no poste.

Matheus Teixeira

3 comentários:

  1. Gripe suína que muda de nome, avião que cai, assim caminha a humanidade... Notícias vão mudando, encobrindo, se tornando desinteressantes de acordo com o que possa ser útil.

    Talvez o assunto seja tratado de outra forma lá também por questões "extra-oficiais". Não sei, talvez.

    Tragédia assim da ibope. 228 pessoas devem morrer por dia em acidentes de trânsito ou violência urbana, por exemplo.

    A bola tem que ser levantada mesmo.
    Discussões são necessárias.

    ResponderExcluir
  2. Não quero ser indelicado, mas um acidente de tamanhas proporções como esse é um prato cheio para a mídia tupiniquim. É espetáculo atrás de espetáculo.

    ResponderExcluir
  3. É importante fazer desses acontecimentos manchetes, mas também concordo com a superexploração de temas chocantes. Aconteciemntos como esse acidente não precisam ser esquecidos, um acompanhamento deve ser feito pela mídia, mas sem escandalizar e sensacionalizar. Enquanto todos olhavam para o mar, em busca de destroços, mais de 1000 atos secretos foram descobertos no Senado e mais uma crise no Congresso abala o Brasil! E é assim q funciona, enquanto tiverem ouvidos e olhos entertidos com tragédias, as vergonhas desse país serão esquecidas ou deixadas de lado!

    Ana Flávia Gussen

    ResponderExcluir