quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Operação Condor

Essa é uma discussão interessante. Acompanho e pesquiso estes casos de perto e vejo como é complicado e delicado se falar disso no Brasil. O sofrimento das famílias e a falta de informações ecoa no vazio do possível esquecimento. A esperança que todos mantinham da abertura total dos arquivos da ditadura no governo Lula foi por água abaixo. O pouco que abriu foi possível reparar grandes erros, mas ainda falta muito para punirmos os culpados.

Essa é uma briga que todos deveriam conhecer e "comprar".

Recomendo o blog do Celso Lungaretti, que é uma pessoa que vivenciou isso tudo de perto e que comprou essa briga. Indico também o seu livro, "Náufragos da Utopia".
Blog: http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/
O artigo abaixo é dele.





A ITÁLIA QUER PUNIR A OPERAÇÃO CONDOR. O BRASIL, NÃO.
Celso Lungaretti (*)


“Às 18 horas do dia cinco de dezembro de 1973, meu pai
Joaquim Pires Cerveira (...) se dirigiu a um encontro com seu
companheiro de Organização (...) João Batista de Rita Pereda.

“Atropelado e seqüestrado com Pereda no centro de Buenos Aires
pela Operação Condor, foram entregues à ditadura brasileira.

“Foi assassinado em 13 de janeiro de 1974 no DOI-Codi da Barão de
Mesquita, no Rio de Janeiro, tornando-se um desaparecido político.

“Dali para frente, a vida se resumiu na busca da verdade e dos seus
restos mortais.”

(Neusah Cerveira, jornalista, economista e geógrafa)

A Justiça italiana acaba de pedir ao governo do Brasil que colabore no interrogatório, prisão e extradição de brasileiros envolvidos na Operação Condor, um esquema de colaboração informal que sete ditaduras sul-americanas mantiveram durante o período 1973/1980 para perseguir, aprisionar e atentar contra opositores que, exilados, estavam teoricamente fora do alcance de suas garras.

Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai foram as nações que facilitaram a atuação extraterritorial de agentes da repressão, na maioria das vezes capturando “subversivos” para serem secretamente recambiados a seus países de origem, supliciados em centros clandestinos de tortura e depois executados.

A ocultação dos cadáveres, para que não restassem indícios dos crimes cometidos, era o desfecho habitual dessas operações. Um documento secreto da Força Aérea Brasileira, datado de 1977, revela que se chegou a lançarem corpos no Rio La Prata, mas essa prática teve de ser abandonada porque estava “criando problemas para o Uruguai, como a aparição de cadáveres mutilados nas praias”, passando-se então a utilizar “fornos crematórios dos hospitais do Estado (...) para a incineração de subversivos capturados”.

Foi, enfim, uma alternativa hedionda a que as ditaduras recorreram para evitar os trâmites demorados dos processos de extradição e as garantias que o Direito internacional prescreve para os extraditados.

Um caso célebre no Brasil foi o seqüestro, em 1978, dos uruguaios Lilian Celiberti e Universindo Díaz, vindos a Porto Alegre, com seus dois filhos, para denunciar os crimes da ditadura do seu país. Os quatro foram capturados e entregues às autoridades do Uruguai. Se a revista Veja não noticiasse, dificilmente teriam sobrevivido.

Só no ano 2000 Universindo Díaz sentiu-se suficientemente seguro para relatar o ocorrido. Segundo ele, os espancamentos começaram já no apartamento em que ele foi capturado e prosseguiram na sede do DOPS: "Nos bateram brutalmente. Nos colocaram no que chamam no Brasil de 'pau-de-arara' – dependurados do teto, pelados, nos deram choques elétricos, água fria, golpes, e assim nos foram interrogando durante horas e horas. Havia uma espécie de divisão internacional de trabalho – os brasileiros golpeavam e os uruguaios nos interrogaram".

O episódio de maior repercussão internacional foi a explosão de uma bomba no carro do ex-embaixador chileno Orlando Letelier, em pleno bairro diplomático de Washington, no ano de 1978. O atentado cometido por agentes da repressão política do Chile, a Dina, resultou na morte de Letelier e de sua secretária, causando tanta indignação nos EUA que o país deixou de apoiar a ditadura andina.

ATRASO, TIMIDEZ, IMPUNIDADE – A punição dos responsáveis por esse período negro da história sul-americana está acontecendo com atraso e timidez, face à enormidade dos crimes cometidos. Muitos carrascos morreram antes de responderem por suas atrocidades. Mas, pelo menos, sinaliza para os pósteros que nem sempre as regressões à barbárie ficam impunes.

O Uruguai condenou à prisão o ex-ditador Gregório Alvarez, em cujo governo “desapareceram” 20 cidadãos uruguaios aprisionados na Argentina e repatriados ilegalmente, não aceitando sua alegação de que desconhecia a existência da Operação Condor.

A morte livrou o antigo ditador chileno Augusto Pinochet de cumprir a merecida pena de prisão pela autoria de nove seqüestros e um homicídio, mas seu ex-chefe de Inteligência Manuel Contreras não escapou: foi condenado a 15 anos de detenção por ter planejado o assassinato de Letelier e está preso.

A Argentina também está prestes a julgar o ex-ditador Rafael Videla e 16 cúmplices, por crimes contra a humanidade.

E, agora, a juíza italiana Luisanna Figliolia expediu um mandado de prisão contra 140 pessoas suspeitas de participação na Operação Condor, dentre elas 11 brasileiros, 61 argentinos, 32 uruguaios e 22 chilenos. O caso tramita desde 1999, a partir de denúncias apresentadas por parentes de 25 italianos que desapareceram sob regimes militares na América Latina.

O ministro da Justiça Tarso Genro logo descartou a extradição, por considera-la “inconstitucional”, dos acusados brasileiros. Ficou implícito que, na opinião do ministro, dificilmente eles serão punidos, embora Tarso vá tomar as providências burocráticas rotineiras, ao receber o pedido das autoridades italianas.

O Exército, por sua vez, informou à UOL que não vai se pronunciar oficialmente sobre o caso, que está sob tutela do ministério da Justiça por envolver "a soberania brasileira". Essa preocupação com a soberania aparentemente não existia quando se franqueava o território nacional para a caçada a casais inofensivos e suas crianças.

Então, para nosso opróbrio, só nos resta concordar com o procurador da República italiano Giancarlo Capaldo: "Esse processo nasceu na Itália porque os países unidos em torno da Operação Condor decidiram não abrir investigações sobre o assunto. A Itália está fazendo o possível para evitar a impunidade e para que operações como essa não voltem a acontecer”.
* Celso Lungaretti é jornalista e escritor. Mais artigos em http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/

Todos acreditam na "imparcialidade da revista semanal"?

Nassif: diretor da 'Veja' faz da revista um factóide nas mãos de Dantas

Comentário desta quarta-feira (26) no blog de Luis Nassif reproduz um trecho da revista Veja desta semana onde a revista admite ter publicado matéria inverídica sobre as supostas contas bancárias no exterior por “figurões da República”. Nassif alerta que a revista se tornou um instrumento ativo nas disputas empresariais e jurídicas do empresário Daniel Dantas através de seu diretor de redação, Eurípedes Alcântara. O comentário de Nassif gerou polêmica na web entre internautas e o reconhecido jornalista do grupo Abril, Reinaldo Azevedo.

Leia abaixo à íntegra do comentário de Nassif.

Jornalismo da Veja

Da Veja desta semana

Em maio de 2006, Veja revelou que o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, tinha em mãos uma lista com contas bancárias supostamente mantidas no exterior por figurões da República. Encomendada por Dantas ao americano Frank Holder, ex-espião da agência de investigações Kroll, ela seria uma evidência do enriquecimento ilícito das autoridades nela mencionadas – inclusive o próprio presidente Lula. A reportagem de Veja teve acesso à lista, sob a condição de que o nome de Dantas não fosse divulgado. Uma perícia contratada pela revista revelou, no entanto, diversas inconsistências no material, que tornaram impossível comprovar cabalmente a inexistência das contas sem ao mesmo tempo desmentir sua existência. Diante de sinais de que Dantas usava a lista como elemento de chantagem em uma disputa empresarial com fundos de pensão de estatais, Veja revelou sua existência e apontou o banqueiro como seu autor – fato, claro, negado por Dantas. Além disso, a revista enviou, na ocasião, toda a papelada que reuniu sobre as supostas contas ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que, efetivamente, investigou o caso.

Comentário

Repito o que escrevi durante a semana. O contato de Veja com Daniel Dantas era e é o diretor de redação Eurípedes Alcântara.

Durante dois anos pelo menos há inúmeras evidências de que Veja foi instrumento ativo nas disputas empresariais e jurídicas do empresário. E continua nesse jogo, apesar de manobras de despiste, como essa matéria – só agora publicada, depois do fato ter ocorrido e do Blog ter chamado a atenção para as ligações entre Eurípedes e Dantas.

A estratégia do diretor de redação consiste em atacar Dantas em questões acessórias, para melhor poder apoiá-lo em temas essenciais, como a repercussão que deu a esse caso da intérprete. Depois, cercar-se de guarda-costas que atuam como fogo de barreira, para desviar o foco dele. No caso do falso dossiê, foi obrigada a revelar a fonte, porque, depois de apurada a falsificação, não havia como fugir ao tema. Mas o fez da forma mais dúbia possível.

Justamente a perda do critério jornalístico foi que transformou Veja em território livre, manobrado por Eurípedes e Mário Sabino. É como a empresa que passa a usar caixa 2 e acaba perdendo o controle sobre os atos de seus executivos, por ter aberto mão dos instrumentos formais de controle.

Quando se seguem critérios jornalísticos, basta alguma reportagem fugir do critério para acender a luz amarela. Com a perda do referencial, perdeu-se igualmente o controle e conferiu-se aos diretores o direito de matar – burlando inclusive os controles internos.

É importante que a Abril perceba esse jogo, porque o que está em questão é a própria imagem da editora. É simples pegar o fio da meada. É só juntar as matérias sobre o tema publicadas nesse período.

Repito, tudo isso foi feito em contato direto de Dantas com Eurípedes. Mas como é período natalino, vamos deixar passar as Festas para aprofundar o tema.

Agressividade

Os comentários do jornalista Luis Nassif parecem ter tocado no cerne da questão sobre a duvidosa credibilidade da revista. Nesta quarta, Reinaldo Azevedo, reconhecido defensor do grupo Civita, publicou pelo menos três comentários extremamente agressivos na tentativa de desmoralizar Nassif em seu blog. Nenhum deles, porém, toca no caso da matéria factóide plantada por Dantas ou contra-argumenta as afirmações de Nassif.

Entre os comentários de Azevedo, está o de que Nassif “é motivo de piada hoje em qualquer curso de economia. Por isso virou biógrafo de Ronan Maria Pinto”, escreveu. Outros comentários trataram de baixar ainda mais o nível em relação a Nassif. “Ele se candidatou a conselheiro econômico do governo Lula, servindo na coluna de José Dirceu, o homem que inspirou Aguinaldo Silva na novela Duas Caras”, diz Azevedo.

Em outro comentário, o jornalista remunerado pelo grupo Abril diz que Nassif “é tão ridículo, com seus delírios bisonhos de grande pensador econômico.”

Reação

Diante da polêmica, os internautas manifestaram seu repúdio a Azevedo. “Jornalista Nassif, dei uma olhada no blog do senhor Reinaldo Azevedo e fiquei chocada. Não sabia que a coisa estava nesse (baixo) nível. Lembrei-me dessa frase de Jean Jacques Rosseau : ‘As injúrias são as razões daqueles que não tem razões’”, escreveu Spassos-RJ.

Outro internauta não teve medo de rasgar críticas ao jornalista da Veja. “Fui olhar o blog do pistoleiro meliante [Reinaldo Azevedo]. É de rir-se, mas também de lamentar. Rio porque o porco não apresenta um argumento sequer. Nenhum. Só é gritaria, esculhambação, tentativa de te desqualificar. Mas o que dá engulhos, o que enoja mesmo, é que se percebe que a única maneira de ‘dialogar’ com o Lacerda carente de testosterona é concordando com ele. Não há espaço pra qualquer objeção”, escreveu João Vicente.

O mesmo internauta interrogou Nassif sobre sua simpatia ao governador tucano José Serra. “Respeito sua opinião e sei que seus motivos estão muito acima dos motivos venais que movem o Cérbero. Mesmo assim, companhia lastimável, não?”, disse João. “Estou repensando. Quem se vale de um esgoto como esse, é porque mudou muito”, respondeu Nassif.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

CPICBFPAN - Siglas que não se juntam

Parece fácil conseguir arquivar CPI´s no Brasil, ainda mais quando são ligadas ao esporte. Semanas atrás a CPI que propunha investigar as ações ilegais da CBF foram todas arquivadas em uma desistência em massa de deputados e senadores. O curioso é que a imensa maioria dos deputados desistentes é de Minas Gerais, mais de 65% do total. E as coincidências não param por aí, o tão desejado jogo entre Brasil e Argentina da eliminatórias para a Copa do Mundo de futebol será disputado no Mineirão, e ainda certamente teremos grandes jogos aqui em Belo Horizonte em 2014. Parece que a amizade do senhor Ricardo Teixeira com o governador Aécio Neves é fiel.


A CPI do Pan foi arquivada. Também, com grandes medalhas conquistadas quem vai querer se preocupar com investimentos ilegais e super faturamentos? Para que investigar a CBF se teremos uma tão sonhada Copa do Mundo no Brasil?


Pão, circo e silêncio para todos!




Cesar Maia consegue evitar CPI do Pan mais uma vez
Terceira tentativa de instalação da comissão criada para apurar denúncias de má-gestão financeira dos Jogos Pan-Americanos é esvaziada pela base governista. Investigações seguem na Polícia Federal e no Tribunal de Contas da União.
Maurício Thuswohl - Carta Maior


RIO DE JANEIRO – Mais uma tentativa, talvez a última, de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito criada para apurar as denúncias de má-gestão dos recursos financeiros destinados à organização dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro foi anulada pela base governista na Câmara dos Vereadores. Atendendo a um pedido do prefeito Cesar Maia (DEM), os parlamentares da base indicados para compor a CPI esvaziaram a sessão de abertura dos trabalhos, marcada para a última quarta-feira (21), e deixaram sozinho no salão do Cerimonial da Câmara o vereador Eliomar Coelho (PSOL), proponente e presidente da comissão.

O esvaziamento da sessão não foi exatamente uma surpresa, já que esta era a terceira tentativa de instalação da CPI do Pan feita por Eliomar. Nas outras duas, a máquina governista agiu para impedir a seqüência dos trabalhos, pois três dos cinco vereadores que compõem a CPI atuam fechados com Cesar. A primeira tentativa de instalação da comissão aconteceu em junho, pouco antes dos Jogos, mas foi rechaçada sob o argumento de que “mancharia a imagem da cidade e comprometeria a realização do Pan”.


A segunda tentativa aconteceu em agosto, após o término dos Jogos. Dessa vez, a maioria governista decidiu adiar a instalação até que fosse concluído um relatório produzido por um outro grupo de trabalho parlamentar destacado para acompanhar o Pan. Em ambas as ocasiões, a CPI do Pan foi adiada pelo placar de 3 a 2. Além de Eliomar, votou nas duas vezes pela instalação da comissão a vereadora Patrícia Amorim (PSDB). Votaram contra, nas duas vezes, os vereadores Luiz Guaraná (PSDB), Nadinho de Rio das Pedras (DEM) e Carlo Caiado (DEM).


Curiosamente, ninguém, além de Eliomar, apareceu na terceira tentativa. Nem mesmo Patrícia Amorim, ex-atleta pan-americana que defendia ardorosamente a criação da CPI do Pan. A assessoria da vereadora informa que, no dia da instalação, Patrícia estava envolvida com as investigações sobre a morte do jogador de basquete norte-americano Tony Lee Harris, encontrado morto na cidade de Formosa (GO) após um suposto suicídio.
O vereador Nadinho de Rio das Pedras, mesmo que quisesse, também não poderia ter aparecido, pois na quarta-feira (21) era dado como foragido pela polícia. Inspiração para o personagem Juvenal Antena - interpretado por Antônio Fagundes na novela “Duas Caras” da TV Globo - Nadinho é acusado de envolvimento no assassinato do inspetor da Polícia Civil Félix Tostes, que dividia com ele a liderança comunitária na favela de Rio das Pedras, copiada na ficção pela favela da Portelinha.


Luta desigual
Carlo Caiado é uma peça firme da base governista. Luiz Guaraná não tem ligação política direta com Cesar Maia, mas é considerado o braço-direito do secretário estadual de Esportes, Eduardo Paes, agora no PMDB, que também se empenha contra a CPI do Pan e conta com a benção do governador Sérgio Cabral Filho. O resultado desse esvaziamento é que a CPI não mais será instalada este ano. Talvez não o seja nem mesmo no ano que vem: “É uma luta desigual”, resume Eliomar Coelho.


Todo o esforço político de Cesar para impedir a abertura da CPI do Pan, na avaliação de Eliomar, indica que o prefeito “tem de fato algo a esconder” sobre a gestão financeira dos Jogos: “Se tudo estivesse limpo e se os Jogos Pan-Americanos tivessem sido administrados de forma responsável, o prefeito não temeria tanto a abertura da CPI. Queremos apurar se houve malversação das verbas. O Ouro do Pan não foi para os atletas, isso eu garanto”, diz o vereador do PSOL.


Denúncias de superfaturamento
Antes do Pan, a Prefeitura do Rio e o Comitê Gestor dos Jogos Pan-Americanos (CO-Rio) estimavam em R$ 400 milhões o custo total das obras necessárias à realização das competições. Esse, no fim das contas, acabou sendo o valor gasto somente em uma das obras: o Estádio Olímpico João Havelange, orçado inicialmente em R$ 170 milhões. Segundo o publicado no Diário Oficial do Município, o custo total do Pan foi de R$ 1,2 bilhão. Parlamentares da oposição, no entanto, estimam que ele possa ter ultrapassado os R$ 3 bilhões.


As denúncias também apontam para o esquema de venda de ingressos para as competições do Pan. As irregularidades cometidas, segundo a oposição, vão desde a venda de ingressos em duplicidade até a venda de ingressos para “torcedores-fantasmas”, passando por falsificação de ingressos e por falhas na entrega dos ingressos comprados pela internet. Em alguns casos notórios, como nas semifinais e finais do vôlei e do basquete, os ginásios tiveram lotação muito menor do que indicava o número de ingressos anunciados como vendidos.


Aparentemente esgotadas as iniciativas pela CPI do Pan na Câmara dos Vereadores, resta aguardar a conclusão das investigações sobre as eventuais irregularidades cometidas pelo Comitê Gestor dos Jogos, que estão sendo realizadas pela Delegacia de Crimes Financeiros da Polícia Federal em parceria com o Ministério Público. Outra investigação corre no Tribunal de Contas da União (TCU), que já chegou a determinar a suspensão de todos os pagamentos relativos aos convênios e contratos firmados entre uma das empresas fornecedoras de materiais, o Ministério dos Esportes e os governos estadual e municipal do Rio.




Fonte: http://www.cartamaior.com.br/

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

" War in Rio "

"O objetivo do projeto é gerar uma discussão através de uma proposta cínica de diversão.

Pegando carona no fenômeno de massa ‘A Tropa da Elite’, a idéia é perguntar ao cidadão carioca se ele acha que esse tipo de entretenimento combina com pipoca ou com uma reflexão profunda sobre a realidade de sua cidade.

Por outro lado é também um jogo bem planejado e realizado: uma paródia irresistível para os amantes do clássico e politicamente incorreto passatempo de guerra. No lugar de invadir Moscou, conquistar a África ou aniquilar os exércitos brancos, que tal invadir a Cidade de Deus, conquistar a Baixada ou eliminar o Comando Vermelho?

War in Rio é reflexão e entretenimento canalha".





Assim se define o "War in Rio" no blog de seu idealizador, Fábio Lopez.
Se a idéia era gerar polêmica e discussão, com certeza ela foi atingida. Comentários na grande mídia e pela internet afora não faltam. Embalado na onda e no sucesso de "Tropa de Elite", o que se espera é que gere discussões e acima de tudo, atitudes acerca da violência urbana no Rio de Janeiro e em todo o país.

Vale a pena conhecer o blog: www.jogowarinrio.blogspot.com