
A vida nunca abriu os braços para João, saiu de casa cedo e foi ganhar o mundo com trabalho, suor e desilusões. Seguindo seus passos, Dora. Muito trabalho, portas fechadas e poucas oportunidades.
Essa poderia ser a história de José, Carlos, Celso, Maria, Lúcia, mas é a história de João e Dora, que assim como muitos brasileiros, sobrevivem em meio à falta de perspectivas e tentam vencer em um país de miseráveis.
Além da companhia constante de Dora, outra nunca te abandonou, o sorriso.
O amor pela vida e a simplicidade marcaram a vida de João, que jamais se esquivou para as adversidades do caminho e sempre com o peito cheio de amor e dedicação, fez amigos por onde passou. Desde a infância pobre na roça, até os dias atuais, em uma pequena casa na periferia da cidade pequena. Ele costuma dizer que este é o remédio para o vida, e além de tudo, nem precisa comprar.
E assim foi levando a vida, entre uma desilusão e outra, um sorriso no olhar e a humildade de sempre. Pôde, depois de certa idade, sobreviver com a pequena aposentadoria. Dora cuida da casa e do papagaio Tico, amigo inseparável há anos. Todas as noites encontram os vizinhos na “Cozinha Comunitária”, o jantar servido na associação do bairro é aguardado como uma criança que espera o presente de natal. João em meio às gargalhadas sempre diz a Dora: “Coloque a melhor roupa que vamos jantar fora...”.
O sorriso aberto dos dois é o cartão de visitas de quem vai conhecê-los em sua casa. O café quente, feito em uma panela de ferro e fogão à lenha é servido como a mais nobre iguaria ao visitante. As histórias e vivências são relatas com orgulhos pelos dois.
O abraço apertado e o “volte sempre” são a certeza que a vida ensinou muita coisa para eles, principalmente o espírito de igualdade e sinceridade no olhar de quem sofre, luta, mas nunca perde a ternura.
Os nomes são fictícios, assim como parte da história. A foto e a outra parte são reais. Este post é dedicado a Pedro de Carvalho e a Associação dos Vicentinos de Campo Belo, que além de prestarem um serviço maravilhoso a comunidade, me deram a oportunidade de conhecer pessoas como estas.
O amor pela vida e a simplicidade marcaram a vida de João, que jamais se esquivou para as adversidades do caminho e sempre com o peito cheio de amor e dedicação, fez amigos por onde passou. Desde a infância pobre na roça, até os dias atuais, em uma pequena casa na periferia da cidade pequena. Ele costuma dizer que este é o remédio para o vida, e além de tudo, nem precisa comprar.
E assim foi levando a vida, entre uma desilusão e outra, um sorriso no olhar e a humildade de sempre. Pôde, depois de certa idade, sobreviver com a pequena aposentadoria. Dora cuida da casa e do papagaio Tico, amigo inseparável há anos. Todas as noites encontram os vizinhos na “Cozinha Comunitária”, o jantar servido na associação do bairro é aguardado como uma criança que espera o presente de natal. João em meio às gargalhadas sempre diz a Dora: “Coloque a melhor roupa que vamos jantar fora...”.
O sorriso aberto dos dois é o cartão de visitas de quem vai conhecê-los em sua casa. O café quente, feito em uma panela de ferro e fogão à lenha é servido como a mais nobre iguaria ao visitante. As histórias e vivências são relatas com orgulhos pelos dois.
O abraço apertado e o “volte sempre” são a certeza que a vida ensinou muita coisa para eles, principalmente o espírito de igualdade e sinceridade no olhar de quem sofre, luta, mas nunca perde a ternura.
Os nomes são fictícios, assim como parte da história. A foto e a outra parte são reais. Este post é dedicado a Pedro de Carvalho e a Associação dos Vicentinos de Campo Belo, que além de prestarem um serviço maravilhoso a comunidade, me deram a oportunidade de conhecer pessoas como estas.
Muito legal o que você escreveu, é aí que notamos a importância deste trabalho. Sabemos que essas atividades não resolvem definitivamente os problemas sociais, que, têm sua origem na distribuição da renda no país. Porém, servem para amenizar a situação de calamidade de muitas famílias, dando comida a quem não a tem, e principalmente oferecendo esperanças e perspectivas de uma vida melhor para muitas pessoas.
ResponderExcluirMais um belo texto, muito tocante. Nos faz refletir porque essas pessoas aparentemente tão sofridas, e tão castigadas pela vida, são tão perseverantes, superam tantos obstáculos. E conseguem apesar de tudo, ser muito felizes. Ao passo que muitos de nós, desanimamos na primeira dificuldade, ficamos tristes por nada, estressamos à toa. Será que no frigir dos ovos, aqueles que não têm "nada" sabem a fórmula para se ter tudo o que realmente importa?
ResponderExcluirEscreves bonito. Parabéns! Ver uma pessoa é ter um outro olhar. Cada um vê o que quer ver. O importante é ver a beleza mesmo quando a realidade teima em se mostrar vilã. O despojar-se, o entender o aqui e agora, é a arte que precisamos aprender para vivermos mais felizes. "A vida é um sonho e tudo se vai..." Pablo Milanes. Milani como você. Talvez seja isso, não ficar preso a coisas, mas interiorizar-se em sabedoria.
ResponderExcluirObrigado