quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Acontece

"Quanto tempo".

É com essa saudação, a mesma de quando vemos alguém que há muito não víamos, que volto por aqui. Não que tenha me esquecido, mas...

Uma amiga me disse que o "twitter é blog de preguiçoso", talvez seja mesmo.
E tenha contribuido para essa ausência.


Enfim, vamos seguir com alguns acontecimentos:

UNIBAN - que pouca vergonha! E não estou me referindo ao vestido da "moça" e sim a forma como a faculdade lidou com o problema. Além de muita hipocrisia, das duas partes, convenhamos, a Uniban deu uma aula de como não lidar com crise. Ensinou todo mundo como não agir em casos que envolvam o nome da instituição e que possam gerar problemas futuros. Fizeram tudo direitinho, do jeito errado. Pior impossível.

CASO BATTISTI - venho acompanhando o desenrolar deste caso. Há tempos buscam uma resolução, que agora caberá única e exclusivamente ao presidente Lula.
Ainda fico abismado com a cobertura imparcial da imprensa. Taxaram o italiano como assassino e jogaram toda a opinião pública em prol de sua deportação para a Itália fascista do "pop star sexual" Silvio Berlusconi.
O meu questionamento maior é o fato de sequer "darem ouvidos" ao outro lado da história, a quem mostra e prova que Cesare Battisti foi condenado por subversão contra o estado, não em crime comum.
Enfim, segue uma referência que explica exatamente esse lado "não noticiado":
www.naufrago-da-utopia.blogspot.com/2009/11/caso-battisti-sera-debatido-3-no.html

MAHMOUD AHMADINEJAD - Você se acha doido? Então não deve conhecer esse sujeito. O presidente do Irã está no Brasil, sob protestos, muitos protestos, que lembram até as visitas que fazia o "Bush Jr" pelo mundo.
Assim como protesto, essa visita está gerando pretexto, principalmente dos partidos de oposição ao governo.
Engraçado fica quando se analisa os valores de exportação do Brasil para o Irã., o que talvez explique um pouco as relações necessárias dos dois países. Onde há muito dinheiro envolvido, os interesses são diferentes.
A questão é: pretexto e não protesto. Dialogar com esse sujeito em nenhum momento quer dizer concordar com sua política ou convicções, muito pelo contrário. Mas as eleições estão chegando, então...

E por falar em pretexto, começou a ser exibido o filme do Lula.
No contexto histórico de vida pessoal e política, apresenta uma história bonita de luta, ideologia e superação.
Porém, não haveria melhor hora pra ser lançado, não é? A Dilma agradece!


É isso. Volto em breve.
Enquanto isso, continuo na preguiça do www.twitter.com/edermilani

Um abraço!


terça-feira, 22 de setembro de 2009

A primavera da Cecília!


Primavera


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009


COMEÇOU NO POST
ANTERIOR

Um certo dia, Beto seguiu o conselho de um velho amigo: foi procurar um especialista.
Fez muita terapia, descobriu várias formas de ser dentro dele mesmo.
Conseguiu ver onde estava a sua maior angústia. Seus traumas.
O psicanalista o ajudou muito.

Deixou a terapia, já não havia tanto tempo disponível, na medida em que o interesse diminuia.
Precisava sim de uma viagem para refrescar a cabeça, refletir, descansar e "voltar outro".

Mapa, mochila e a inseparável máquina fotográfica.
E assim fez. Bolívia, Peru e Chile. Seguiu o roteiro até o terceiro dia, quando ficou apenas com os mapas. Nada que lembrasse alguma regra deveria ser seguida.

Voltou tranquilo. Cheio de fotos e histórias...muitas histórias. Conheceu muita gente, culturas, viu um povo sofrido e muita desigualdade, não diferente do que via aqui.
Viu coragem nos olhos das pessoas. Viu medo, rancor, temor.
Enfim, tudo que o ser carrega consigo e externa em algum momento da vida.

O tempo foi passando e Beto percebeu que algumas coisas na vida, por mais incompreensíveis que possam parecer, são necessárias. Tanto de um lado, quanto do outro.
Não deixou o emprego, mas se importou menos, só o necessário;
Trocou o carro. Não por um novo, mas por uma viagem para a Europa;
Fez novos amigos. Deixou alguns de lado, não valiam tanto a pena;
Começou a falar com o coração.

Não sabe onde vai dar tudo, mas hoje aprendeu algumas coisas que o levam a tentar compreender melhor o sujeito que é. Diz que para cada pessoa há uma razão, uma forma de ver o mundo e que ninguém é mais ou menos feliz se seguir uma cartilha. Não existe. Cada um deve vivenciar as suas angustias e desejos, e fazer delas, o combustível para buscar o bem.

Escreveu na porta do quarto o que passou a ser seu ideal de vida:
"Arroz, feijão e coragem".

Algo do tipo... o cotidiano faz parte da vida, desde que seja visto da maneira ideal.
Correta, ousada e sincera!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O tormento é sempre a solução?

Beto tinha uma vida que pode se classificar de estável, talvez até boa.
Bom emprego em uma multinacional, salário alto, carro, apartamento modesto, mas quitado, vida social intensa. Era amigo dos amigos, participava de todas as confraternizações da empresa e era tido como "uma boa pessoa", em todos os sentidos.
Tudo o que boa parte das pessoas classificaria como o ideal.

Mas para ele não. Aquela cara de bom moço, sorriso fácil e o choppinho com a galera não trazia o que ele buscava. Na verdade, nem ele sabia o que estava querendo para si, mas tinha a certeza que não era aquilo. E assim foi, nas poucas vezes que externou isso para alguém que julgava ter o mínimo de interpretação coerente, foi reprimido, muitas vezes com a indagação "você é louco"?.

Acabou reprimindo aquilo. Tendo como ouvinte, apenas sua alma.
Evitava pensar, pois lhe deixava confuso. Questionava-se sempre achando que talvez o que ele queria era sempre o que não tinha. Dizia pra si mesmo: " o que mais invejo é o que não vejo".

Invejava muita coisa que via também. Desde um bon vivant até o hippie da esquina.
Enxergava em cada um, uma qualidade diferente. Uma forma de ser que ele não conseguia para si, mesmo tendo a consciência disso. Não queria ser nem um, nem outro, não queria ser nenhum.
Mas admirava nessas pessoas a coragem do ato, de mostrar ao mundo que não basta ser apenas como a sociedade exige, basta ser aquilo que tem vontade.

Ele nunca quis jogar tudo pro alto. Apesar de ouvir que era radical, pois extravasava essa angústia em outras ações, por mais simples que elas podiam parecer. Mas assim, magoou muita gente, agiu errado, culpou vários, quando o errado era ele com seu conflito mal resolvido.

Apesar de poucos deslizes, caminhou na vida como manda o figurino.
Agiu como todos esperavam dele.
A família orgulhosa, os amigos felizes, tudo ao seu redor conspirava a favor.
Mas, a favor das coisas como são, não como ele queria.

Nessa longa caminhada da vida, quando os pensamentos o incomodava ainda mais, encontrou muita gente. Em uma cafeteria tradicional da cidade, conheceu um casal de Suiços que viajam o mundo. "Não, não eram ricos", respondia ele quando contava maravilhado para alguém o que ouvira dos branquelos-gente-fina (como definiu).
Um dia, conversou muito com ativistas que defendiam a salvação da natureza como a única sobrevivência humana na terra. Achou aquele papo meio chato, mas ouviu, ouviu e ouviu...olhando nos olhos deles e enxergando apenas uma coisa: coragem!

A coragem que para ele não era ser irresponsável, jogar tudo pro alto, sair por ai sem rumo, a coragem era apenas o ato de fazer aquilo que realmente o deixaria feliz, ou quem sabe, um pouco.
Um pouco de coragem não faria mal a ele.


CONTINUA NO PRÓXIMO POST

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Tarantino´s Mind

Dez minutos de uma conversa de bar sobre uma tese a respeito dos filmes de Quentin Tarantino.

Simplesmente GENIAL!

Assistam, vale muito a pena.


Direção: Selton Mello
Elenco: Selton Mello, Seu Jorge
Brasil, 2007.


terça-feira, 30 de junho de 2009

Futebol, política e religião! Por que não?

Sinceramente, há muito o que contestar. Tanto na Igreja, quanto nestes livros do gênero.
Mas sendo mais sincero ainda, é preciso debater muita coisa. É preciso tocar em assuntos que "não se pode discutir".

É preciso questionar sempre. Nem que seja pra concordar depois.



Revista IstoÉ
Natália Rangel

O lado escuro do vaticano

Livro revela como a Igreja Católica ajudou o nazismo e outras ditaduras

"Se o papa ordena liquidar alguém na defesa da fé, faz-se isso sem questionamentos. Ele é a voz de Deus e nós somos a mão executora." Assim pensava o cardeal italiano Paluzzo Paluzzi, que no século XVII exerceu o cargo de chefe da Santa Aliança - o temido serviço secreto do Vaticano, na Itália.

E assim raciocinavam também ao menos outros 39 religiosos que atuaram no comando das organizações de espionagem e contraespionagem ligadas ao Estado do Vaticano desde a sua criação em 1566. Fartamente documentadas, as revelações estão detalhadas no livro A Santa Aliança: Cinco Séculos de Espionagem do Vaticano (Editora Boitempo), do jornalista e pesquisador Eric Frattini.

Ele embasa as suas afirmações em amplas pesquisas realizadas há pelo menos 12 anos em arquivos oficiais da Igreja de diversos países.

A Santa Aliança foi criada por ordem do papa Pio V com o objetivo de assassinar a rainha Isabel da Inglaterra, que era protestante, para restaurar o catolicismo no país. De lá para cá, 40 pontífices assumiram o comando da instituição e atuaram com mais ou menos rigor junto aos trabalhos de seus espiões. Segundo Frattini, houve um único papa que dispensou categoricamente os serviços desse organismo. Trata-se do papa João XXIII. Ele teve a coragem de enfrentar esse setor do Vaticano, que em seu entendimento trazia mais problemas do que soluções ao pontificado, e por isso ficou historicamente conhecido como o Papa Bom ou o Papa da Bondade.

Uma das atuações mais polêmicas da Santa Aliança se deu durante a Segunda Guerra Mundial. Foi quando entrou em vigor a chamada Operação Convento, que ajudou na fuga de criminosos de guerra nazistas, entre eles o general da SS Hans Fischbock, o tenente-coronel da SS Adolf Eichman e o médico de Auschwitz Josef Mengele. O padre Karlo Petranovic e o bispo Gregori Rozman, notório antissemita, foram bastante ativos nessa época. Na década de 70, o autor menciona a atuação da Aliança na perseguição aos sacerdotes progressistas que defendiam a Teologia da Libertação, entre eles o brasileiro Leonardo Boff, ações que contaram inclusive com o apoio da CIA, agência secreta americana. A Igreja também teria incrementado os fundos do Banco do Vaticano através da venda de armamentos a países em conflito. Frattini dá como exemplo o que se passou durante o pontificado de João Paulo II, o papa João de Deus: proprietário de 58% da companhia armamentista Bellatrix, com sede no Panamá, o banco faturou comercializando mísseis Exocet com o governo ditatorial da Argentina durante a Guerra das Malvinas travada entre o país e a Inglaterra em disputa das Ilhas Malvinas (ou Falklands), na década de 80.

As conexões internacionais do Vaticano são vastas: o dinheiro obtido com a venda desses mísseis teria sido usado para financiar o sindicato Solidariedade, na Polônia, e diversas ditaduras sul-americanas. Além da Argentina, houve intervenção na ditadura de Anastasio Somoza (Nicarágua), de François Duvalier (Haiti), Maximiliano Hernandez Martínez (El Salvador), entre outras. Depois que Ronald Reagan assumiu o poder nos EUA, a organização passou a contar efetivamente com o apoio da CIA, o que a tornou ainda mais atuante. Entre 1979 e 1982, cinco cardeais envolvidos em um inquérito que apontava irregularidades no Banco do Vaticano morreram em decorrência de motivos diversos - essas mortes teriam sido encomendadas para prevenir que esses religiosos acabassem por revelar segredos da Santa Aliança. Essa teoria conspiratória lembra os romances de Dan Brown, autor de "Anjos e Demônios" e "O Código Da Vinci" ? Claro, com a diferença que os fatos e os personagens não são mera coincidência.

Fonte: www.boitempoeditorial.com.br

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Carta aberta ao público, e a discussão!

INDIGNADA! Considero um retrocesso a decisão do STF. E sabe o que é pior? Que ninguém parou para pensar como será dentro de 10 ou 15 anos, quando a cultura da exigência do diploma tiver acabado por completo e o resultado disso aparecer. Nossa classe desvalorizada, profissionais qualificados perdendo espaço para pseudo-jornalistas e tudo aquilo que os políticos querem: uma imprensa burra e desqualificada! Quem vai perder é a sociedade que vai ter que avaliar, notícia por notícia, o que é verdadeiro ou não, credível ou não, 'neutro' ou não, até bem redigido ou não. E dá-lhe imprensa marrom!

Diploma cercear liberdade de expressão??? Como??? No mundo comandado pela web 2.0, blogs, sites, twitter, mesmo jornais de bairro, tablóides, todas as pessoas falam, articulam, escrevem, dão opinião, comentam. Os jornais têm espaço para profissionais como engenheiros, médicos, cozinheiros escreverem. Não consigo entender é isso! Com todos esses fatos, como podem afirmar que diploma é inconstitucional!

Você sabe o que é um lead? Sabe produzir um release? Entende a diferença entre editorial, resenha, crônica e artigo? Já ouviu falar em jornalismo Gonzo ou fait divers? Tem noção de como conseguir uma boa entrevista ou mesmo reportar um momento? Você sabe como articular milhares de pensamentos e torna-los coerentes? Consegue fazer da escrita sua maneira de mudar o mundo? Você já ouviu falar na lei de ouro ou em jornalismo popular? Sabe o que é um ombudsman e se ele é ou não relevante? Já ouviu falar em copidesque? Você sabe português???????

Pelo visto quem afirmou que jornalismo não exige conhecimento técnico, apenas intelectual perdeu uma informação básica: a grade curricular do curso!

Nossa classe perdeu as pernas, mas permanecemos com nossas cabeças e corações, essas que sempre foram nossas ferramentas de trabalho!


Ana Flávia Gussen
JORNALISTA DIPLOMADA

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Latidos na Amazônia!

Amigos,

o Wilson, não meu pai, mas meu irmão, mais conhecido como Dog, esteve em uma aventura divertida, interessante, anormal, esclarecedora e inesquecível: passou longos e bons dias na Amazônia.

Em meio a convênios da PUC com o Exército brasileiro, teve a oportunidade de conhecer muita coisa, que óbvio, fez registros fotográficos.

As fotos estão no Litania Fotográfica: www.fotolog.terra.com.br/litania

Acessem também o Blog do Dog www.blogdodog.wordpress.com

Isso aí Dog, latiu alto e longe.


Éder Milani

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Espaço aberto.

Há algum tempo venho propondo para alguns amigos o uso deste espaço para postarem suas reflexões acerca de...qualquer coisa.
Neste domingo, tive uma grata surpresa, meu grande amigo Matheus Teixeira me enviou uma dessas boas reflexões para debatermos.

Então, vou postá-la na expectativa que gostem e que tenhamos mais colaborações de quem quer que seja. Amigo, ou não!

Um abraço,

Éder Milani


A queda livre da sociedade brasileira


Curiosamente neste domingo (7/jun/2009), enquanto lia as notícias no portal G1, me despertou uma leve curiosidade de entrar no portal do jornal francês Le Monde para saber o ponto de vista dos amantes da culinária em relação ao acidente ocorrido há uma semana. Acostumado a ver sempre notícias sobre o vôo 447 com um Airbus A330 durante toda a semana, nas primeiras páginas de jornais impressos e virtuais, me surpreendi ao ver que a principal notícia ali postada era sobre política. Não concordo com a manipulação mídiatica da informação que temos no Brasil, que usa grandes tragédias como "pano quente" para nos desviar de outros assuntos tão (ou mais) importantes que esses, mas é interessante que o acidente não envolveu apenas uma companhia aérea francesa (Air France), mas uma de suas maiores potências econômicas, a Airbus Société par Actions Simplifiée, que conhecemos apenas como Airbus. Talvez não estejam abordando o assunto com tamanha enfatização com o mesmo intuito de desviar a atenção de seus expectadores, mas de qualquer forma estão olhando pra frente e cuidando do que está para acontecer.
O Brasil tem sido muito citado em congressos mundiais como um potencial econômico mundial em um futuro próximo, o que o tornaria um país de primeiro mundo, mas não podemos deixar de observar que quem cita são os interessados por essa potência, e os principais não somos nós, e sim os americanos, franceses, italianos, britânicos, suíços, etc., que vão ser grandes beneficiários de nossas riquezas. Devemos estar atentos é que sem educação política e social deixaremos de usufruir ainda mais dessas riquezas e permaneceremos sendo vistos e não respeitados como os índios que têm ouro e bananas.
Pessoas morreram, muitas pessoas, alguma providência deve ser tomada, mas infelizmente já aconteceu. Façamos um minuto de silêncio, quem preza pela oração - ore, mas como eu sempre costumo dizer: Quem anda olhando pra trás, acaba com a cara no poste.

Matheus Teixeira

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cotidiano fatídico!

"Você tem alergia, micose, passa mal
Toma sempre um melhoral
A crescente agonia do seu ser denuncia
O seu cheque especial

Três por cento sobre a taxa do seguro total
Lhe parece ser banal
Acrescente Elyseé Belt à lista de Natal
E dá mais de três mil pau
No cheque especial

São tantas coisas pra lembrar
Tantos filhos pra criar
Dá-lhe shampoo anti-caspas
Dois comprimidos pra jantar

Não esqueça o perfume da mulher que tu tem
Nem procure desculpas pra dizer à sua filha que o Noel não vem
Papai Noel não vem
Deixe de lado o jogo de faca dos seus sonhos
E vá buscar seu cachorro no cabeleireiro

Não esqueça o dia de casamento
Não esqueça a data de vencimento
Não esqueça o presente de sua cunhada (ai ai)
E perca peso agora
Perca peso agora

Se hoje seu café amanhecer gelado
Se hoje sua mulher dormir do lado errado
Podia estar mau, mas está pior
E a tendência é se agravar
Não é melhor se engravatar?

Eis que faltou
Aquele motivo pra pirar
Mas não há porque se preocupar
A sua hora vai chegar
E você vai se encontrar

Bebe água, dorme, não troca a cueca
Acorda, defeca e Amém
Olha, gosta, compra
Perde, vende, troca ou aluga
Sua calvície nasce prematura
Como você se atura?
Bêbado se dorme, cueca não se troca
Decora e afeta sua mente
Ira, tira, tora a tara, atura

Não esqueça a mulher do perfume, tenta o quê?
Nem procure sua filha pra dizer que Noel, desculpa, não vem
Eu disse, ele não vem
Deixe seus sonhos de lado
Use as facas para o jogo
E vá morar com o cabeleireiro, seu cachorro

Não esqueça o vencimento da data
Não esqueça o casamento da chata
Não esqueça a cunhada do seu tormento (ai ai)

E perca peso agora"

Perca Peso - Móveis Coloniais de Acajú

Felicidade comprada. Liberdade vigiada.
Hipocrisia du caralho!!!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vá-ria.

Variantes variáveis da mesma coisa.
Será que estamos no limite?
Limite que não permite.

Seria a interpretação das variáveis?
Sendo interpretada variavelmente à sua maneira.
A nossa maneira.


Comandante Che Guevara


CHE - O ARGENTINO (The Argentine, EUA, França e Espanha, 2008)

Dirigido por Steven Soderbergh. Com: Benicio Del Toro, Rodrigo Santoro, Julia Ormond, Jorge Perugorría, Demián Bichir, Santiago Cabrera, Catalina Sandino Moreno.


Neste final de semana fui assistir ao filme. Sexta-feira, feriado, última seção, cinema não cheio.
O momento ideal de um dia tranquilo para ver um filme tão esperado.

Che é sem dúvida, uma das figuras mais emblemáticas do século XX, e o longa vai muito além da figura estampada nas camisas da vide bula ou do inoscente, porém excelente "Diários de Motocicleta".
É um retro fiel, endurece sem perder a ternura.

O filme começa com o encontro de Che (Del Toro) com Fidel (Bichir) e Raúl Castro (Santoro) no México, onde o convidam para participar da luta armada em Cuba, tendo como objetivo derrubar o ditador Fulgêncio Batista e instaurar um regime socialista.
Diante disso, o filme se divide em duas narrativas: Cuba, a luta em Sierra Maestra para se chegar a Havana; e em Nova York, onde Che já representando o governo cubano, participa de uma reunião na sede das Nações Unidas.

Para uma produção estadunidense, é gratificante perceber que o filme não apresenta aspectos preconceituosos contra a figura de Che, nem mito, nem vilão.
Ou como é citado na fala de Che, no filme, "a historia me absolverá".

Definitivamente, é um filme de idéias e ideais.
Para quem gosta e conhece sobre, e também para quem não sabe nada além daquela famosa foto.

Ficou um gosto de quero mais, ou talvez, quero ver mais, já que "Che - A Guerrilha” já está filmado e conta o restante da história do Comandante.


"Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar."

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Dia cinza!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Conectado!

Fala pessoal,

vai começar sexta-feira, dia 17 de abril o Conexão Vivo.
Pra quem não conhece, é o antigo Conexão Telemig Celular, que acontece no parque municipal, ali na afonso pena, ao lado do Palácio das Artes, em Belo Horizonte.
É um evento muito interessante que apresenta várias bandas do cenário mineiro e nacional.
E também conta com muita música independente que vem surgindo Brasil afora.

Vale a pena conferir, o evento começa dia 17 e vai até 26 de abril.

Dentre várias atrações, estão: Vanguard, Renato Borghetti, Zé da Guiomar, Macaco Bong, Cidadão Instigado, Falcatrua, Chico Amaral, Samuel Rosa, Otto, Soatá, Vander Lee, Moska, Madame Saatan, Filomedusa, Riachão e muitos outros mais.

Quem quiser conferir melhor a programação, acesse o site: www.conexaovivo.com.br/shows

Abraços e nos vemos lá!




quinta-feira, 9 de abril de 2009

Apoteótico!









Apoteótico. Foi assim que defino o que vi ontem na Apoteose, no Rio de Janeiro.
Todas as expectativas, o cansaço, viagem, fila imensa, chegar hoje e não ir dormir, e sim trabalhar... Enfim, tudo valeu a pena, o show do Kiss foi espetacular.
A palavra "show", em sua máxima concepção, só deveria poder ser usada por eles.
Explosões, efeitos especiais, iluminação e tudo muito bem planejado e executado de forma a impressionar até quem nunca ouviu a banda.
A idade não parece ser um problema para eles, muito pelo contrário, com muita presença de palco e um pique de dar inveja, eles continuam perfeitos. E as máscaras, claro, compõe o circo.


Foi sem dúvida, a realização de um sonho que valeu muito a pena cada centavo e cada esforço.
Como me disse um amigo: "tem coisas que os nossos olhos precisam ver...".
E essa era uma dessas que ficará pra sempre na memória como o melhor espetáculo que assisti.
Ou como dizem eles, "o maior espetáculo da terra".


Ps.: Por irônia, pude ver apenas com meus olhos e não com a lente. As fotos são do show de ontem no Rio de Janeiro, mas não são minhas. Não pude entrar com a máquina.
Talvez tenha sido até melhor assim!

terça-feira, 24 de março de 2009

Alto e bom som!


Aconteceu neste final de semana, mais precisamente dias 20 e 22 de março, o "Just a Fest", evento que reuniu 3 bandas que tenho grande admiração.
Infelizmente não pude conferir ao vivo, mas acompanhei pela televisão o show em São Paulo.

Primeiramente contou com o retorno (ao menos para esses dois shows) do Los Hermanos.
Foi bom vê-los novamente no palco juntos, porém a qualidade do som não estava nem perto do que se pode considerar aceitável. Assistindo pela tv foi possível perceber, depois li várias matérias falando o mesmo. Inclusive o Bruno Medina comentou em seu blog sobre isso.
É uma pena. Não se pode dizer que comprometeu o show, mas esperava um pouco mais, do som e deles. Enfim, ao final, foi legal.

Radiohead: sim sim, pulei a sequência dos shows, mas quero falar do Kraftwerk por último.
Primeira vez que a banda toca no Brasil. Expectativa grande e o show foi dentro do esperado.
Repertório bem escolhido, os efeitos de luz perfeitos e muita energia e melancolia no palco, ou seja, ao melhor estilo Radiohead. Show histórico com direito a 3 voltas ao palco para bis.

Agora o que me agradou muito foram os alemães do Kraftwerk. Talvez pelo fato de não conhecer tão afundo como as outras duas bandas. Fundada em 1970, eles se tornaram a principal referência da música eletrônica mundial, e mostraram no palco exatamente o que propõe: a unificação do áudio com o visual. Telões, efeitos, roupas, som e até robôs (que é característico da banda) compuseram uma atmosfera de "usina de energia" como o nome sugere.
Muito bom!

Enfim, o festival foi excelente, até mesmo pra quem, infelizmente, só acompanhou pela tv.

terça-feira, 17 de março de 2009

Argentina


Pessoal,

postei no Litania Fotográfica as fotos que tirei em
"terras portenhas".

Dêem um pulo lá pra conferir: www.fotolog.terra.com.br/litania

Beijo e abraço!


Éder

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ufa, chegou!


Amigos,

depois de um longo tempo mergulhado, enfim, vou tomar um fôlego.
Entro de férias hoje e retorno daqui há 3 semanas.
Neste período, este blog ficará inativo (rs).
Volto com reflexões, novidades, fotos, casos e espero eu, com a cabeça tranquila.

Um abraço!

Éder Milani

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Insônia

Abriu os olhos. Era noite ainda, mas não havia sono.
Ligou o som, que o acompanha em quase todas as ações do dia. E da noite.
A sensação era estranha, misturava falta de sono com sentimentos nítidos, contentes e relaxantes. Parecia estar sob efeito de qualquer substância, lícita ou não, mas não era. Pensou, refletiu, ouviu Dick Farney, Raul Seixas, Vinícius e um pouco de heavy metal. Não era muito bem o que queria ouvir naquele momento, mas era a sequência que estava no playlist do dia anterior. A preguiça de levantar foi maior.
Queria comunicar, falar. Mas era tarde para ligar para alguém. Deixou o celular no chão, dentro do tênis. Levantou-se. Foi para a sacada da sala olhar o céu que estava estranho, havia chovido há pouco. Contemplou o silêncio que só é possível sentir as 4 horas da manhã. A sensação ainda tomava conta da sua mente, mesmo não sabendo o que aquilo realmente representava. Só sentia que era bom.

Pouco antes das 6 horas, conseguiu interpretar um pouco aquele sentimento. Talvez foi possível classificar ou rotular o que nem era pra ser.
Mas, aos poucos, entendeu que estava ultrapassando uma barreira, assim, sem perceber.
E isso era bom, ao menos era o que ele sentia.

O impossível, improvável e proibido, respeitosamente o fez perceber o quão infinito é o espírito e a necessidade de alimentá-lo. De conhecimento e desejo.
Não dormiu mais. Mas a essa altura, não fazia a menor diferença.
No banho, ouviu uma de suas músicas preferidas, "make believe".
A melodia do rock iniciaria um dia diferente, estranhamente feliz!

sábado, 24 de janeiro de 2009

E o tormento é sempre a solução.

Oi, tudo bem?
O que te incomoda?

Como assim? Pergunto o que te incomoda. O que te faz refletir sobre as coisas.
O que te leva a achar que algo não está certo e que precisa ser mudado.
E o que você faz pra mudar?

Você age, pensa ou guarda? Ou nada?
Não é fácil, né? Você nunca está satisfeito. Sempre está incomodado.
A diferença é o valor das coisas. Pra uns, pra outros.

Será a inquietação um combustível pra se buscar aquilo que realmente quer? Não sei, talvez.

Você sabe realmente o que você quer? Tem certeza?

"O espelho de Narciso é impreciso".

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O cara da tv!

Acabo de assistir ao Big Brother Brasil. Não há como não refletir um pouco sobre as relações humanas, tanto de quem está lá, quanto de quem acompanha pela tv.

Outra coisa inevitável pra mim, é lembrar da música "O vencedor" do Los Hermanos, que inclusive, segundo o autor, foi um pouco inspirado pelo programa.

"Olha lá quem acha que perder, é ser menor na vida. Olha lá, quem sempre quer vitória e perde a glória de chorar..."

Talvez a palavra mais dita ao longo do programa é vencedor. Não só vencedor de fato, o tal do ganhar do milhão, mas sim vencedor na vida. Vencedor por suportar o confinamento, vencedor por ter chegado ali, vencedor porque algo os espera lá fora.
Mas, será?

Quantas vezes, quando sai alguém da casa, o Pedro Bial (sic) diz:
"Vamos receber o nosso herói";
"Mesmo saindo, ele já é um vencedor".

Isso me faz refletir muito sobre as condições humanas e a relação de poder da mídia.
Afinal, qual o conceito de vencedor? Qual a dificuldade em ficar em uma casa sendo visto pelo país todo? Qual o problema de não ser um vencedor? Qual o valor da fama?
É instigante.

A vida alheia, os relacionamentos, o "espiar" atiça a curiosidade. Isso é óbvio, comprovado pelo alto índice do ibope e pelo programa estar na nona edição.
Entreterimento, afinal, serve pra isso. Correto?

Porém, alguns conceitos são distorcidos, e isso confesso, me incomoda.
E continuará incomodando, pois, enquanto durar o programa, duram os comentários. Quando acabar o programa, vem os especiais na tv, as revistas, sites e etc.
E ainda, depois do contrato terminado com a globo, ainda veremos os "nossos heróis" esgotarem os últimos suspiros de fama nos programas da redetv, discursando sobre tudo que um verdadeiro herói pode sentenciar: psicologia, culinária, relações sociais, política, medicina e qualquer coisa que dê ibope.

"Eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz".

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Diário de Gaza

"Três paixões simples,
mas extremamente fortes,
têm governado minha vida:
o desejo de ser amado,
a busca do conhecimento
e uma dor insuportável pelo sofrimento humano."

Bertrand Russel

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Enciclopédia do utópico!

Simples e óbvio,
feliz e utópico!

Buscar a felicidade é como procurar o perfeito.
Em algo ou alguém.
É tentar encontrar a resposta sem pergunta.

Os homens vivem de utopias.
Ou as utopias são alimentadas pelos homens?

O "Ser Feliz" não é um ser feliz.